quinta-feira, 28 de março de 2013

VALE A PENA IR AO ESTÁDIO?

Boa noite, caros bêbados de plantão!!!

É com um copo de cerveja na mão e logo após ler uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Pluri Consultoria que começo a minha resenha sobre a ideia de ir ao estádio.


A pesquisa foi dividida em 17 motivos que afastam os torcedores dos estádios; oito fatores de alto impacto e nove de médio e baixo impacto. Os maiores fatores citados para uma média baixa de público nos jogos - 4,6 mil torcedores brasileiros - estão a violência, ingressos caros, baixa qualidade das arenas, partidas pouco importantes, de adversários de baixa tradição ou qualidade e da má fase eventual das equipes, a oferta de jogos em pay-per-view, a existência de outras opções de entretenimento. 




Entre as razões de médio e pequeno impacto, o relatório cita os horários dos jogos, a dificuldade na compra de ingressos, o acesso ruim a estádios, e as ofertas ruins de meios de transporte, estacionamento, alimentação e serviços, além de fatores climáticos e do excesso de partidas transmitidas pela TV.

Bom, dentre estes 17 motivos muitos concordo plenamente, como horário dos jogos, compra de ingressos, acesso ruim aos estádios, meios de transportes, estacionamento. Estes são exemplos listados como de médio impacto, mas na minha opinião é fundamental pra aumentar o número de torcedores. 

Vamos citar um jogo no Morumbi, por exemplo. O acesso ao estádio por meio de transporte público é horrível! Na verdade, o transporte público já é precário, e têm diversas dificuldades no acesso a região do bairro. Apenas a Giovanni Gronchi, transita ônibus no local, a Francisco Morato fica muito longe do estádio, e não tem nenhuma linha de trem ou metrô que está perto.

Pra ir de automóvel próprio é outro sofrimento. São poucos estacionamentos, que cobram uma fortuna - R$ 30,00 para estacionar o carro e ficar durante duas, três horas no máximo é muito dinheiro - muito deles não têm seguro. Quando estes lotados, as vagas nas ruas ficam enfestadas de flanelinhas pedindo quase o mesmo valor dos estacionamentos e sem contar que a rua é pública!

Os ingressos, que variam de acordo com o conforto, normalmente de R$ 20,00 a R$ 300,00, gostaria de deixar claro é caro dependendo do setor. Mas hoje, os marketing dos clubes fazem uma promoção pra quem compra a temporada, que é muito interessante e rentável, pois esse valor caí muito. A forma de comprá-lo é precária porque ainda não nos acostumamos a comprá-los antes ou pela internet. O brasileiro deixa sempre para a última hora! Pra quem prefere o conforto de casa, o Pay-per-view acaba com os clubes por um lado, porque eles recebem direitos de transmissão.

A violência dentro do estádio diminuiu bastante. O que acontece muito são os encontros de organizadas fora do mesmo. Bom, se eles querem se matar, se matem! Mas depois não vêm chorar e dizer que o filho é inocente. Se fosse, não estaria lá no meio.

Agora, a baixa qualidade das arenas tende a melhorar com a Copa do Mundo no país e a visão estratégica dos clubes. A baixa qualidade e importância da partida é outro assunto. Cito de novo o São Paulo como exemplo. O clube lotou seu estádio sempre quando Luis Fabiano, Ganso e grandes jogadores estavam em campo. É isso que as equipes precisam, de grandes jogadores para realizarem um grande jogo, dar o espetáculo, que é o que a torcida quer. E a fase do clube também ajuda. Quando o time está bem, sem dúvida, todos querem estar presente.

Eu sei que o regional é muito tradicional e tudo mais, mas todos o utilizam como um torneio preparatório de outros que viram como a Libertadores e o Brasileiro. Apenas na fase final, que os grandes se enfrentam que os estádios recebem um bom público. Não adianta, os torcedores preferem gastar dinheiro e ir à partida de Libertadores do que ao Paulistão.  

Os horários são, sem dúvidas, o pior que eles podiam escolher. Pra nós, claro. Porque a Globo quer que você assista ao Jornal Nacional, à novela com a patroa e depois o futebol! Mas e quem vai ao estádio? Uma partida pra ser as 22hs tem que ser, no mínimo, numa sexta-feira, como de forma inteligente é um programa noturno nos EUA, sem puxar o saco.

A segurança nos estádios é assunto pra ser discutido por horas e horas, mas resumindo, se é pra fazer uma grande arena, que faça direito! Os casos da Arena do Grêmio, que arrebentou a grade de proteção e feriu vários torcedores, e agora o Engenhão, que está interditado porque a cobertura do estádio não aguente se passar um vento a mais de 60km/h e pode desabar, são calamidades! Um absurdo! E fiquem de olhos abertos porque o engenheiro Flavio D'Alambert, da empresa Projeto Alpha, é o responsável pelos estádios de Cuiabá e Fortaleza da Copa do Mundo de 2014!

Houve uma época em que frequentei muito os estádios, hoje se estou em outro país ou cidade vou para ver o jogo e conhecer novas arenas, mas a frequência que assitia às partidas no estádio do meu time caiu muito. Talvez porque me irrito com minha torcida e prefiro assistir aos jogos em casa tomando cerveja - esta que poderia voltar a ser comercializada nos estádios e aumentar o público.

Delonguei demais, visto que seja um assunto para sentar à uma mesa de boteco e ficar por horas e horas.


Como diria meu caro amigo e fã, Ivan Alves, Cheers!!!

terça-feira, 26 de março de 2013

Complexo de vira-lata

Caros boêmios.

Em primeiro lugar, é com grande prazer que retomo os trabalhos nesse espaço.

Neste primeiro post em 2013, tratarei de um tema que abordei no boteco com meus companheiros de blog: a forma como nosso futebol se acovarda diante de seus adversários internacionais.

E isso, na minha visão, se aplica à seleção e aos clubes. Porém, até para ter foco, tratarei apenas do complexo de inferioridade que assola os clubes. E usarei como exemplo a participação dos nossos clubes no Mundial de Clubes, especialmente a participação do São Paulo (ignoraremos a discussão de chancela Fifa e Intercontinental aqui).

O tricolor paulista foi ao Japão três vezes para a disputa do título de melhor do mundo. Nas três saiu vencedor.  Em 92 e 93, o campeão da Libertadores jogou contra dois esquadrões do velho continente, primeiro o Barcelona, depois contra o Milan. Já em 2005, enfrentou o inglês Liverpool, que chegou ao oriente como vencedor da mais espetacular final de UEFA Champions League contra o fortíssimo clube Rossonero.

O ponto que gostaria de abordar é a postura do clube paulista.

No bicampeonato sob o comando de Telê Santana, o São Paulo jogou o mesmo futebol que vinha apresentando, com a mesma agressividade e técnica que o fizeram o melhor time do clube de todos os tempos. Os dois embates foram jogos abertos, bonitos de se assistir. O São Paulo jogou o futebol brasileiro, o verdadeiro e técnico futebol brasileiro.
   
Já no tricampeonato, no jogo final, a postura do clube nada lembrava as partidas célebres da década anterior. O jogo contra o Liverpool foi um duelo em que 80% do tempo o time do Morumbi preocupava-se em não tomar gols. O resultado foi positivo, mas o duelo teve um time dominante e outro dominado. Isso não se discute.

Talvez em proporções menores, Internacional e Corinthians, também campeões no Japão, entraram em jogo com uma estratégia parecida.

Em comum, os três clubes pareciam que jamais poderiam vencer os adversários europeus. Mas o que fez desses clubes tão favoritos assim? Constantemente, a mídia brasileira se colocava de maneira pessimista quanto as chances dos brasileiros no mundial. E desde quando o nosso futebol não é favorito sempre? Somos ou não o país pentacampeão? O maior jogador de todos os tempos não é brasileiro? Não são os brasileiros os maiores vencedores (somados os prêmios) na eleição do melhor jogador do mundo no ano (seis vezes)?

Exceção à participação do Santos em 2011, jamais um clube brasileiro foi para o Mundial de Clubes sem ser o favorito na minha opinião. Apostei no São Paulo, no Inter e no Corinthians no Mundial organizado pela Fifa. Ainda que entendesse que o Peixe realmente perderia para o Barcelona de Messi, jamais imaginei que um campeão da América faria uma partida tão ridícula como na derrota por 4 x 0.

Esse pessimismo vendido pela mídia é comprado por torcedores e, pior, pelos próprios jogadores. Acho que os caras ficam como tietes ao entrar em campo ao lado do cara que ele cansou de ver na TV ou no vídeo-game. Se Neymar mais pensava em trocar de camisa com o 10 argentino em 2011, Muller colocava o dedo no rosto de um adversário e batia boca com os caras 18 anos antes.

Acho que a diferença está ai: se antes havia o respeito ao adversário, hoje os caras entram em campo para jogar contra um ídolo, alguém que ele não tem coragem de entrar com mais força em uma dividida por uma bola na lateral.  

A globalização do futebol trabalha contra o Brasil. Nossos grandes clubes não se equiparam em fama a clubes médios na Europa. E, infelizmente, a fama vem interferindo na postura dos nossos clubes em jogos contra seus adversários internacionais.

Cheers!


sexta-feira, 22 de março de 2013

WE ARE BACK?!



Boa tarde, caros boêmios!

Mais uma vez nos encontramos nas Nossas Conversas de Boteco! Primeiramente, trataremos de explicar o título dado a esse texto. Sim, estamos de volta! Eu e meus amigos, parceiros de bar +Lóide hotmail hotmail  e +Rodrigo , vamos abranger e dar mais espaço aos outros assuntos de interesse público, porque, querendo ou não, as mesas de botecos são os lugares que têm a maior diversidade de conversa.

Outro ponto do tema. Será que voltamos? Eu digo como seleção de futebol de alto nível, como todos esperam. Será que voltam a nos empolgar? Essa pergunta deixa um ponto de interrogação na cabeça de todos os colegas jornalistas, críticos ou defensores canarinhos, que acompanharam o amistoso entre Brasil e Itália, ontem, na Suíça, em mais um jogo sem vitória; o segundo sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, que não venceu nenhuma partida desde que assumiu o comando da seleção brasileira.

A Itália, que fez uma grande campanha na Eurocopa do ano passado com um segundo lugar, tomou a iniciativa da partida com bons lances do atacante Mario Balotelli, mas quem abriu o placar foi a seleção brasileira com o goleador Fred. O Brasil ampliou em uma bela jogada de Neymar, a esperança verde-amarela, e Oscar concluiu para o gol. E todos pensaram: "Agora vai!"

E não foi. Com dois a zero no placar, a Itália voltou para o segundo tempo com a mesma fome do primeiro, mas corrigiu falhas defensivas e conseguiu o empate com gols de De Rossi e Balotelli. E toda a expectativa de uma vitória sobre uma equipe tradicional e considerada grande do futebol, não aconteceu. Mas os motivos que calaram os colegas de profissão foi, primeiro, a atitude mostrada dentro de campo, principalmente de Neymar, que teve função tática mais marcadora e simulou menos faltas, o que é positivo para a seleção. O craque santista fez uma boa partida, participando dos dois gols do Brasil. O goleiro Júlio César, criticado pela sua idade avançada, 33 anos, fez uma grande partida, sem culpa nos gols sofridos.

O que deve preocupar Felipão é o sistema defensivo, a marcação nas costas dos laterais, mais em cima do Daniel Alves, e a saída de bola, que errou diversos passes, um deles que gerou o gol de empate da Azzurra. Uma grande partida contra uma seleção de peso.

O que podemos esperar do time brasileiro na Copa do Mundo? Bom, até temos mais três amistosos, o próximo diante da Rússia, considerada uma equipe de médio porte. Mas o grande teste, não só para o Brasil, mas para a torcida. Será que os brasileiros estarão a favor de sua nação? Se jogar bem, sim. Mas e se jogar mal, os torcedores apoiaram ou pediram a cabeça de Luiz Felipe ou prestigiarão menos na Copa-14?

Bom, espero que a seleção brasileira faça grandes amistosos, consiga se encontrar como equipe e conquiste a Copa das Confederações! De que adiantaria todo esses investimento super inflacionado se o pão e circo não estiver completo? Já que não sabemos investir em educação, saúde, vamos ao que somos melhor: FESTA!!! Tst, tst, tst...