sexta-feira, 10 de maio de 2013

UMA NOVA LIBERTADORES

Prezados boêmios.

Li que o novo presidente da Conmebol, Eugenio Figueiredo, considera elevado o número de clubes que hoje disputam a Taça Libertadores da América. Segundo o novo mandatário, o ideal é uma competição com 20 clubes, limitando a dois representantes por país.

Eu concordo com ele. Seria um regresso (sem cunho pejorativo) ao formato adotado no passado. Assim, jogariam apenas o campeão e vice dos nacionais, ou, no caso do Brasil, apenas os campeões do Nacional e da Copa do Brasil.

Figueiredo, com alguma parcela de razão, defende que a redução do participantes do continental ocasionaria uma disputa interna mais acirrada nos países.

Ele destaca que a diminuição do número de jogos permite à organização melhorar a planejamento e execução do torneio. E elevaria o nível da arbitragem. "São quase 150 partidas na Libertadores e, por consequência, quase 150 quartetos de arbitragem. Mas temos pouco material humano qualificado. Então se há um mau rendimento de um árbitro, é porque muitos não estão capacitados. Mas não há tempo para buscar a excelência", sentenciou.

Entendo que esse caminho elevaria o nível dos jogos. Mas também pondero, pois na Libertadores os jogos da primeira fase têm jogos bacanas de se assistir e alguns clubes considerados ruins podem atrapalhar os favoritos. Mas há, inegavelmente, jogos chatos e sem qualquer expressão.

Por fim, recordo outra notícia que li recentemente. Há um plano em estudo para incluir clubes dos EUA (e talvez Canadá) na Libertadores, a exemplo do que já ocorre com agremiações mexicanas. Nesse caso, do meu ponto de vista, seria muito interessante contar com os norte-americanos envolvidos. Eles são experts na  organização de eventos esportivos. Tudo lá parece uma grande final. Porém, ainda dúvido que o know how dos yankees seria aproveitado pelos dirigentes da Conmebol. Já a impossibilidade de disputar o Mundial de Clubes da Fifa já aplicada aos mexicanos representa o que há de mais ultrapassado (aqui sim, com um cunho totalmente pejorativo). É simplesmente ridículo uma equipe sagrar-se campeão e não poder representar medir forças com os campeões dos outros continentais no fim do ano.

Por fim, a distância é bastante preocupante. Por isso, entendo que a inclusão dos norte-americanos depende da redução no número de participantes na Libertadores.

Num cenário perfeito, adoraria ver os clubes disputando com todas as forças a possibilidade de participar da Libertadores, melhorando, assim, o nível dos torneios nacionais. E seria ótimo assistir a um continental melhor organizado, sem jogos fracos tecnicamente e com os representantes do México, EUA e Canadá (e representando o bloco geográfico, caso fossem os campeões do torneio).

Cheers!

Um comentário:

Unknown disse...

Bom, primeiro em relação à mudança do número de participantes na Libertadores, eu não concordo. Pode melhorar o nível da competição? Todos os brasileiros são equipes fortes na competição e favoritos ao título.

Colocar só o campeão do nacional e da Copa do Brasil, que sempre tem surpresa por não ser disputado por todas as equipes, com exceção a esse ano, é muito pouco.

E times do hemisfério norte não tem como. A viagem é longa e desgastante, mesmo com calendário extenso e programado.

Se quiser enfrentar times da América do Sul seja campeão da Concacaf e vai para o Mundial.

Na verdade, eu não concordo nem os times mexicanos estarem na disputa, ainda mais porque se forem campeões não poderão representar o continente.

Na minha opinião, a Libertadores está boa do jeito que está.

Arbitragem desqualificada não é culpa do número de jogos e, sim, dos treinamentos cedidos pelas federações de cada país e pela Conmebol. Podemos ter 300 arbritos ruins como 250 bons e 50 péssimos. Isso é questão de qualificação.

Falando sobre qualidade, os times da América do Norte poderiam, sim, melhorar o nível da competição, mas como dito no texto que têm jogos ruins, isso não podemos fazer nada. Não vai ser a inclusão dos times do hemisfério norte que vai salvar a péssima qualidade de times venezuelanos, por exemplo.