sexta-feira, 10 de julho de 2009

Lamentamos


Caros boêmios,

Luiz Felipe Scolari já treina o Bunyodkor do Uzbequistão.

Ainda que existisse a possibilidade, ninguém se interessará em ver os jogos de seu time, como fizeram os brasileiros na Eurocopa de 2004, quando ele comandava a seleção de Portugal. Ou quando assumiu o Chelsea.

Semana passada ele concedeu uma entrevista dizendo que sua saída do clube inglês foi motivada pelos principais jogadores da equipe, que não concordavam com sua filosofia de trabalho.

De fato, Drogba, Chech e Ballack o atrapalharam na terra da rainha. Mas vê-lo desistir de treinar uma outra equipe no velho continente em troca dos milhões de dólares provenientes do petróleo, me colocaram a pensar: por que diabos um técnico já milionário e consagrado iria fazer num fim de mundo daquele?

Claro, dinheiro nunca é demais.

Felipão entendeu que o idioma é imprescíndivel para o sucesso como treinador. Ele, em particular, teve muitas dificuldades de comunicação. Sua passagem na Inglaterra serviu como laboratório.

Seu objetivo era fazer sucesso em um grande clube europeu. Comandar equipes de Portugal ou da Espanha facilitariam a comunicação.

Felipão é como um herói nacional na terra de nossos colonizadores. Assumir um clube português poderia colocar esse status em risco. As semelhanças entre seu idioma e o espanhol seriam uma alternativa perfeita, mas a desastrosa passagem de Vanderlei Luxemburgo pelo Real Madrid ainda tem consequências.

Ele não cogitou voltar ao Brasil, o que significaria uma redução cpnsiderável em seus ganhos.

Então, sem propostas da Europa, pensando na conta bancária, Felipão fez as malas e se mandou para a terra onde o dinheiro jorra da terra, literalmente.

Cheers!

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