quinta-feira, 2 de julho de 2009
Timão é tri
Caros boêmios,
"O Corinthians é campeão da Copa do Brasil de 2009". Tá aí uma manchete que muita gente duvidava que estamparia os jornais no dia seguinte a decisão.
O Internacional de Porto Alegre era o favorito.
Tinha o melhor elenco do Brasil e comemora seus 100 anos de fundação em 2009.
Nas oitavas de final da competição, Corinthians e Internacional conquistaram os títulos nos estaduais, ambos invictos. Então, as perspectivas mudaram. Quem olhava os cruzamentos via que a final mais óbvia era mesmo entre paulista e gaúchos.
O Timão foi sempre superior aos adversários. Já o Colorado teve mais dificuldades. Ainda assim muita gente dava como certa o triunfo do Saci.
A primeira partida, no estádio do Pacaembu, foi um jogasso. Os alvi-negros saíram com a ótima vantagem de 2 x 0.
O jogo de volta ganhou proporções gigantescas depois que o vice-presidente do Inter criou o DVD que mostra como o Corinthians é favorecido pela arbitragem. Até voltou em 2005, no pênalti de Fábio Costa em Tinga.
O tiro saiu pela culatra. Além de motivar o adversário, os jogadores colorados (de branco, num ato supersticioso, usando o mesmo uniforme do triunfo contra o Barcelona no mundial de clubes) ficaram afobados e perdidos em campo. Qualquer lance era motivo para questionar o bom árbitro da partida.
O Corinthians foi sábio. Tocou a bola e quando teve a primeira chance não desperdiçou. Jorge Henrique, principal jogador do Timão nas finais, subiu e testou para o fundo da rede. Enquanto o baixinho fazia o moonwalker de Michael Jackson na comemoração, os torcedores já sabiam que o título já estava definido.
André Santos tabelou com Ronaldo e fuzilou de perna esquerda: 2 x 0.
Nas arquibancadas só se ouvia a Fiel: "ôô o Coringão voltou".
O time de Mano Menezes voltou do intervalo concentrado, mas a medida que o tempo ia passando os jogadores iam sendo contagiados pelo canto da torcida corinthiana, relaxou. Tomou dois gols. Não precisou nem voltar a jogar com tanta seriedade depois do segundo gol. Antes do jogo recomeçar, D'Alessandro perdeu a cabeça e foi expulso. O argentino ainda tentou levar o zagueiro Willian, que não caiu na catimba. O capitão corinthiano mostrou equilibrio e malandragem. Não esboçou nenhuma reação agressiva e ainda riu do pequeno D'Alessandro, que ficou possesso com o sorriso do adversário.
Depois disso, foi só tocar a bola e esperar o apito final.
A Fiel faz a festa em todo o país. Seu time é tricampeão da Copa do Brasil. Já era do Paulista, invicto.
Mais ainda: todos os grandes que caíram para a série B voltaram no ano seguinte. Todos colheram frutos do rebaixamento. O Corinthians, que passou pela segundona com facilidade, foi o que mais aprendeu.
A força do clube está no equilíbrio da comissão técnica, da qualidade dos jogadores e, principalmente, na lembrança do pior momento de sua história de quase 99 anos. Mesmo na eminência de conquistas, o assunto rebaixamento é trazido à tona. Isso faz um bem danado para o time, que joga com os pés no chão, sabendo que se há limitações, há raça para superá-la. No campo e nas arquibancadas.
Parabens ao Sport Clube Corinthians Paulista.
Legítimo campeão!
Cheers!
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Um comentário:
A imparcialidade ainda faz parte do jornalismo atual??
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