Ingleses fazem o melhor jogo de todos os tempos

Buenas, amigos!

Como diria o maior narrador da história do Brasil (não estou sendo supérfluo, estou?!): "Que jogo, amigo!", "Aguenta coração!", "Esse jogo é teste pra cardíaco, amigo!", entre outras. Estas frases se encaixam perfeitamente para descrever o que foi a partida desta quarta-feira entre Chelsea e Liverpool, pelo jogo de volta da Champions League, que terminou em 4 a 4.

Um jogaço! Na partida de ida, os Blues levaram a melhor e venceram por 3 a 1, fora de casa, no estádio Anfiel Road. Com isso, o Liverpool precisa de três gols de diferença para avançar às semifinais da competição.

Sem Gerrard, machucado, o brasileiro Lucas entrou em seu lugar, mas quem se encarregou de realizar as funções do capitão foi Xavi Alonso. E foi bem, tanto na armação de jogadas quanto na marcação.

O primeiro tempo foi todo dos Reds, que foi a campo com sua formação tradicional, com Fernando Torres como atacante referência, Kuyt e Bennayoun abertos nas pontas.

Pressionando desde o início, o time da casa viu a classificação ameaçada quando, aos 19 minutos, Fábio Aurélio cobrou falta da direita, direto para o gol, enganando o goleiro Cech, que havia saído para o outro lado, a fim de cortar o cruzamento: 1 a 0.

As jogadas aéreas do Chelsea, trunfo do primeiro jogo, já não fazia mais efeito. Pelo contrário. O segundo gol do Liverpool começou em outro cruzamento de Fábio Aurélio. Xavi Alonso foi agarrado na área. Pênalti. O mesmo Alonso cobrou e ampliou, aos 28 minutos.

Descontente com a atuação do ataque do time londrino, que contava com Malouda, Kalou, abertos nas pontas e Drogba, como referência, o técnico Guus Hiddink sacou Kalou e colocou Anelka em campo, antes do fim do primeiro tempo.

O intervalo fez bem ao Chelsea. Anelka, que acabara de entrar, fez a jogada que resultou no gol de Drogba aos seis minutos da segunda etapa. Reina engoliu um peru.

Com a falha do goleiro espanhol e o tento marcado, os Blues foram para cima e seis minutos depois do gol do marfinense, Alex cobrou falta estilo Roberto Carlos e empatou a partida.

Com a torcida jogando a favor, o Chelsea chegou ao terceiro gol com Lampard, aos 31 minutos, no cruzamento de Drogba pela esquerda.

Quando tudo parecia perdido, os Reds foram para o tudo ou nada. O técnico Rafa Benítez sacou Mascherano e Fernando Torres, e colocou Riera e N'gog para dar velocidade ao time, que foi para cima.

Aos 36 minutos, Lucas arriscou de fora da área e empatou o jogo. Dois minutos mais tarde em jogada de Rieira, Kuyt marcou de cabeça após o cruzamento do espanhol.

O estádio veio abaixo! Era a virada do Liverpool. A apreensão tomou conta dos torcedores das duas equipes em Stamford Bridge.

Faltava apenas um gol para o time da cidade dos Beatles classificar para as semifinais. Benítez já preparava o atacante Babel para entrar em campo em busca do gol salvador. O Holandês substituiu o lateral Arbeloa.

A defesa do Liverpool ficou exposta e, aos 44 minutos, no contra-ataque os Blues igualaram mais uma vez o placar, novamente com Lampard, em belo chute. A bola chegou a tocar nas duas traves antes de entrar.

Parecia o fim, mas o time do técnico Benítez ainda chegou perto de marcar o quinto gol. Essien salvou em cima da linha um chute de fora da área de Xavi Alonso.

Os ânimos dos jogadores só se acalmaram quando o juiz espanhol Luis Medina apitou o final da partida, encerrando assim o melhor jogo de todos os tempos.

Agora o Chelsea enfrenta o Barcelona, que em Munique, em um jogo pouco menos emocionante, se não fosse o atacante italiano Luca Toni perder tantos gols, conseguiu segurar a empolgação dos alemães e levou um empate de 1 a 1 e a classificação para as semifinais na bagagem. No jogo de ida, em Barcelona, os catalães fizeram 4 a 0.

Champions League é assim, jogos incríveis, do começo ao fim, e nesta quarta-feira tem mais. Arsenal recebe o Villareal, primeiro confronto na Espanha foi 1 a 1, e o Manchester United vai ao estádio do Dragão enfrentar o Porto e tentar reverter o placar de 2 a 2 do primeiro jogo.