sexta-feira, 24 de abril de 2009

Lá as coisas são assim

Jogador do Getafe é covardemente agredido no chão (foto: globo.com)

Caros boêmios,

Lembram-se daquele programa "Tolerância Zero"?

Pois bem. Foi a primeira lembrança que tive assim que soube da punição de 10 dias que Pepe, zagueiro do Real Madrid, levou depois de seu ato de covardia explícita.

Na verdade uma dezena de partidas é pouco. No Brasil, alguns jogadores violentos foram severamente punidos. Aqui se fala em 120 dias de afastamento para agressores. Ou 540 em caso de reincidência. A realidade, na prática, é bem diferente. Geralmente, quando se há um grande clamor e evidências inquestionáveis, os tribunais fazem a regra valer.

Mais ou menos. O que temos visto são penas mínimas, de 120 dias. O Atleta cumpre parte da punição e o restante é revertido em doações de cestas básicas. Uma vergonha.

Fosse no Brasil, se os advogados não conseguissem desclassificar a pena, Pepe, na pior das hipóteses, teria pego uns 150 dias de gancho. Na Espanha a sentença foi aparentemente mais amena. A diferença é que por lá, 10 são 10.

SAIDERA: o penúltimo parágrafo desse texto fala sobre a reversão de penas em cestas básicas. Não sei você, mas não me lembro de ter ouvido uma notícia de que foi o jogador condenado ao gancho quem pagou a conta no supermercado. Os clubes que arcaram financeiramente com a falta de responsabilidade de seus atletas são mal administrados. A punição é do atleta. Ele que assine o cheque!

Cheers!

Um comentário:

Thiago Santos disse...

Na verdade a responsabilidade é do clube, porque o jogador é registrado e representa o clube. Claro que o mesmo pode descontar o valor das cestas básicas, ou de outras "punições", do salário do jogador, como advertência.

É por essa razaão que o São Paulo Futebol Clube prefere não contar com atletas rotulados de badboys em seu elenco.

Ps.: Vamos ver o que acontece com o meia Diego Souza do Palmeiras.